essa semana, inspirada pelo dia das crianças, comecei a pensar na minha infância, no quanto curti o meu tempo, o quanto era bom não ter que se preocupar com o tanto de coisas que povoam minha cabeça agora adulta.. acabei tropeçando em um assunto que é inevitável, o quanto a infância de hoje é curta e sem graça se comparada com a minha..
claro, são duas épocas completamente diferente, mas a geração atual não tem mais a liberdade que eu tinha, sair de casa pra andar de bicicleta com os amigos após o meio dia e voltar só ao entardecer e ainda assim só pra avisar que iria dar mais “algumas voltas”; o “esconde-esconde” que iniciava com a chegada da escola e terminava quando a lua já ia alto no céu, são brincadeiras que não vejo mais.. quando mais nova, vivia com os joelhos ralados e quando não era o joelho era o cotovelo, a mão, o pé, subia em árvores todo final de semana para pegar frutas, verdade que nem todas as vezes as benditas frutas eram minhas, o pátio do vizinho era sempre um “bom fornecedor”, hehehe.. falando no vizinho, pulávamos de pátio em pátio, brincando de esconder ou pegar, correndo livres sem nenhuma preocupação, fugindo somente dos cachorros que por vezes vinham incomodar..
como uma boa “viciada” em tecnologia, entendo a graça que as crianças acham nos jogos, na internet, nos celulares e tudo mais, mas nada substitui os joelhos ralados e as brincadeiras na rua.. maquiagem, outra coisa que entendo, tive vários kits, usei e abusei, me arrumei e me pintei, mas sempre na brincadeira, maquiagem, penteados elaborados, roupas de marcas e salto alto todos os dias pra quê?? temos a vida toda para sermos adultas, para termos que seguir todas essas “regras de tortura feminina”, não vejo porque começar com tudo tão cedo..
uma vez li um texto sobre animais que são mimados demais pelos donos, tratados como crianças/pessoas, no final do texto vinha a frase “deixe o cachorro ser cachorro”, pensando na minha infância e na infância de hoje eu digo “deixe as crianças serem crianças”, elas terão a vida toda pra serem adultas.. vejo que a essa fase onde a infância ficou mais curta parece ter se instalado de forma geral e sem volta, uma pena, as crianças de hoje (e do futuro) não terão a infância plena que tive..
Escutando: air supply..
Pensando: no término do curso..
Comendo: nada..
Bebendo: chá..
Vendo: séries na tv..
Lendo: blogs aleatórios..
Me Sentindo: ansiosa..
Na Foto: infância – by google..